The Horse and the owl
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Alessandra Seixas- Mensagens : 13
Data de inscrição : 17/05/2012
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Re: The Horse and the owl
THE HORSE AND THE OWL
Cap. 1 – O Começo de Minha Vida Maluca (narração de Lilian)
Eu sempre soube que era diferente. Talvez por que sempre me metia em encrenca. Talvez por que via coisas que outras pessoas não viam. Mas esse não era o real problema. O problema era saber que no mundo em que vivia, existiam monstros mitológicos querendo me matar. Tudo bem, tudo bem... Acho que vocês estão achando que estou louca, mas penso que irão entender quando contar-lhes minha história:
Meu nome é Lilian Grings e tenho 14 anos. Moro a maior parte do meu tempo no Internato The Storm King School com a minha melhor amiga Julia Steers. Bom, na verdade, ela é minha única amiga e eu a dela. Temos muito em comum, não só de gostos, mas também de vida. Quer um exemplo? Nós duas sofremos de Dislexia, Déficit de Atenção e Hiperatividade e não conhecemos um dos pais. Eu, o meu pai, e ela, a mãe.
Bom, voltando à história. Hoje é o último dia de aula e eu estava dormindo no meu quarto, o qual divido com Julia, quando ela me acorda pulando em cima de mim:
-- Acorda, Li! Hoje é o último dia de aula!
Rolei para o lado fazendo com que ela saísse de cima de mim. Peguei meu travesseiro e o joguei na cara dela.
-- Não quero ir para a aula... Me deixa dormir!
-- Ah, você vai sim, Li! Nem que eu tenha que te levar pelos cabelos!
Julia me encarava com aqueles olhos cinzentos e profundos. A expressão séria de uma aluna esforçada para superar sua Dislexia. Ela é muito inteligente e nunca perde uma aula. Seus olhos cor de tempestade me deram medo. Achei melhor me levantar antes que ela me pegasse mesmo pelos cabelos.
-- Ok, você venceu! – Disse eu, irritada ao me levantar da cama e ir para o banho. Quando saio, me troco e me olho no espelho. Eu não me acho bonita. Tenho 1,70m de altura, com cabelos castanhos até os ombros, iguais aos da minha mãe. Olhos verdes e brilhantes, os quais minha mãe sempre dizia que herdei do meu pai.
“Meu Pai.” Pensei, soltando o ar pela boca. Nunca o conheci. Sempre que perguntava à minha mãe sobre ele, ela me falava que ele era um homem gentil e que ele me amava muito, mas que não podia ficar com a gente porque sua família não permitia. Nunca entendi isso direito... Por que ele não podia ficar com a gente? E por que a família dele não o permitia fazer isso? Quem eram eles? Por que ele sumiu? Eram tantas perguntas sem resposta que acabei ficando tonta.
-- Li, já está pronta? – Julia me chamou do quarto.
-- Ah, já sim. Estou indo. – Respondi e saí para a aula com ela, ainda com esses pensamentos rodando em minha cabeça, mas com um leve pressentimento de que logo teria as respostas para todas as minhas perguntas.
Cap. 1 – O Começo de Minha Vida Maluca (narração de Lilian)
Eu sempre soube que era diferente. Talvez por que sempre me metia em encrenca. Talvez por que via coisas que outras pessoas não viam. Mas esse não era o real problema. O problema era saber que no mundo em que vivia, existiam monstros mitológicos querendo me matar. Tudo bem, tudo bem... Acho que vocês estão achando que estou louca, mas penso que irão entender quando contar-lhes minha história:
Meu nome é Lilian Grings e tenho 14 anos. Moro a maior parte do meu tempo no Internato The Storm King School com a minha melhor amiga Julia Steers. Bom, na verdade, ela é minha única amiga e eu a dela. Temos muito em comum, não só de gostos, mas também de vida. Quer um exemplo? Nós duas sofremos de Dislexia, Déficit de Atenção e Hiperatividade e não conhecemos um dos pais. Eu, o meu pai, e ela, a mãe.
Bom, voltando à história. Hoje é o último dia de aula e eu estava dormindo no meu quarto, o qual divido com Julia, quando ela me acorda pulando em cima de mim:
-- Acorda, Li! Hoje é o último dia de aula!
Rolei para o lado fazendo com que ela saísse de cima de mim. Peguei meu travesseiro e o joguei na cara dela.
-- Não quero ir para a aula... Me deixa dormir!
-- Ah, você vai sim, Li! Nem que eu tenha que te levar pelos cabelos!
Julia me encarava com aqueles olhos cinzentos e profundos. A expressão séria de uma aluna esforçada para superar sua Dislexia. Ela é muito inteligente e nunca perde uma aula. Seus olhos cor de tempestade me deram medo. Achei melhor me levantar antes que ela me pegasse mesmo pelos cabelos.
-- Ok, você venceu! – Disse eu, irritada ao me levantar da cama e ir para o banho. Quando saio, me troco e me olho no espelho. Eu não me acho bonita. Tenho 1,70m de altura, com cabelos castanhos até os ombros, iguais aos da minha mãe. Olhos verdes e brilhantes, os quais minha mãe sempre dizia que herdei do meu pai.
“Meu Pai.” Pensei, soltando o ar pela boca. Nunca o conheci. Sempre que perguntava à minha mãe sobre ele, ela me falava que ele era um homem gentil e que ele me amava muito, mas que não podia ficar com a gente porque sua família não permitia. Nunca entendi isso direito... Por que ele não podia ficar com a gente? E por que a família dele não o permitia fazer isso? Quem eram eles? Por que ele sumiu? Eram tantas perguntas sem resposta que acabei ficando tonta.
-- Li, já está pronta? – Julia me chamou do quarto.
-- Ah, já sim. Estou indo. – Respondi e saí para a aula com ela, ainda com esses pensamentos rodando em minha cabeça, mas com um leve pressentimento de que logo teria as respostas para todas as minhas perguntas.
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Re: The Horse and the owl
Cap. 2 – Aula (narração de Julia)
A aula anterior ao almoço de nosso último dia antes das férias era artes. Eu adorava esta aula. A professora era uma velha muito distraída e que vivia falando sobre a vida dela e de como eram as aulas que ela empregava em um centro educacional infantil, onde criancinhas desenhavam casinhas e sóis sorridentes todos os dias. Ela era legal, mas eu utilizava sua aula para revisar outras matérias. Estava lendo geografia quando uma bolinha de papel bate em minha cabeça. Eu a abro e leio as palavras: “Você está aí dentro?”. Reconheço a caligrafia e me viro para Lilian, ao meu lado.
-- O que foi, Li?
-- To te chamando faz um tempão! Você nunca para de estudar, não?
-- Desculpe, não ouvi. – digo.
-- Julia, hoje é nosso último dia! Vamos sair daqui no almoço e dar uma caminhada pela cidade.
Penso por um minuto.
-- Vão notar nossa falta – nego. – Além do mais, podemos ir passear amanhã e...
-- As únicas pessoas que sentiriam nossa falta somos nós mesmas, uma da outra. Julia, você nunca perdeu uma aula sequer... Vamos lá!
O que Lilian disse era verdade. Tanto a parte que ninguém sentiria nossa falta quanto eu nunca ter perdido nem uma única aula desde que comecei a estudar. E eu me esforço muito, mesmo com meu Déficit de atenção e outros problemas derrubando minhas notas. Quero orgulhar meu pai, a única família que me resta, fora Lilian, que considero uma irmã. Nunca conheci minha mãe e meu pai nunca fala dela. Quando pergunto algo, ele desvia do assunto. Assim, desisti aos poucos de perguntar por mais. Julia Steers Orly. A única informação que consegui sobre minha mãe foi meu próprio nome. Foi ela quem o escolheu. Fora isso, nada mais.
Pensar nisso traz um vazio dentro de mim. Afinal, quem será minha parte materna? Olho nos olhos verdes e brilhantes de Lilian pedindo por uma companhia à uma caminhada durante o horário letivo.
-- Tá legal – digo, sorrindo. Ela sorri também – acho que matar algumas aulas não me farão mal, nãe é?
-- Não! Ainda mais depois que provar o sorvete da banca aqui perto!
Nós duas rimos. O sinal soa meio-dia. A professora precisa interromper sua história sobre a confecção de colares de macarrão e sobre como eles pinicam para nos liberar de sua aula produtiva. Isso parece deixá-la desanimada.
Saímos da sala e deixamos a escola para traz.
Sair da escola no horário do almoço não é muito difícil. Muitos alunos fazem isso e vão almoçar em casa ou em algum outro lugar e depois retornam para as aulas seguintes. Nós duas, bem, não voltaremos tão cedo.
O sorvete do qual Lilian falou é realmente delicioso, com uma casa de chocolate e granulado envolvendo o creme. A banca de jornais onde o compramos vende um monte de variedades e bugigangas. Decido voltar ali mais vezes (mas não durante as aulas )
Nós caminhamos, visitamos lojas, nos sentamos nos bancos da pracinha ali perto e conversamos por um bom tempo. Mas me sentia estranha. Não estranha como “Estou matando aula!”. Mas sim, estranha como “Estou sendo seguida!”.
De fato, ao olhar para traz, um pequeno buldogue nos encarava com seus olhinhos brilhantes e baba caía de sua boca. Ele andava enquanto andávamos e parava quando parávamos, sempre atrás de nós.
-- Deve estar querendo sorvete. – Lilian disse, assim que lhe falei sobre o cachorro. Mas eu não estava convencida. Seus pequenos olhos brilhavam além do normal para um dia nublado como hoje.
Mas continuamos andando.
[b][i][i][b]
A aula anterior ao almoço de nosso último dia antes das férias era artes. Eu adorava esta aula. A professora era uma velha muito distraída e que vivia falando sobre a vida dela e de como eram as aulas que ela empregava em um centro educacional infantil, onde criancinhas desenhavam casinhas e sóis sorridentes todos os dias. Ela era legal, mas eu utilizava sua aula para revisar outras matérias. Estava lendo geografia quando uma bolinha de papel bate em minha cabeça. Eu a abro e leio as palavras: “Você está aí dentro?”. Reconheço a caligrafia e me viro para Lilian, ao meu lado.
-- O que foi, Li?
-- To te chamando faz um tempão! Você nunca para de estudar, não?
-- Desculpe, não ouvi. – digo.
-- Julia, hoje é nosso último dia! Vamos sair daqui no almoço e dar uma caminhada pela cidade.
Penso por um minuto.
-- Vão notar nossa falta – nego. – Além do mais, podemos ir passear amanhã e...
-- As únicas pessoas que sentiriam nossa falta somos nós mesmas, uma da outra. Julia, você nunca perdeu uma aula sequer... Vamos lá!
O que Lilian disse era verdade. Tanto a parte que ninguém sentiria nossa falta quanto eu nunca ter perdido nem uma única aula desde que comecei a estudar. E eu me esforço muito, mesmo com meu Déficit de atenção e outros problemas derrubando minhas notas. Quero orgulhar meu pai, a única família que me resta, fora Lilian, que considero uma irmã. Nunca conheci minha mãe e meu pai nunca fala dela. Quando pergunto algo, ele desvia do assunto. Assim, desisti aos poucos de perguntar por mais. Julia Steers Orly. A única informação que consegui sobre minha mãe foi meu próprio nome. Foi ela quem o escolheu. Fora isso, nada mais.
Pensar nisso traz um vazio dentro de mim. Afinal, quem será minha parte materna? Olho nos olhos verdes e brilhantes de Lilian pedindo por uma companhia à uma caminhada durante o horário letivo.
-- Tá legal – digo, sorrindo. Ela sorri também – acho que matar algumas aulas não me farão mal, nãe é?
-- Não! Ainda mais depois que provar o sorvete da banca aqui perto!
Nós duas rimos. O sinal soa meio-dia. A professora precisa interromper sua história sobre a confecção de colares de macarrão e sobre como eles pinicam para nos liberar de sua aula produtiva. Isso parece deixá-la desanimada.
Saímos da sala e deixamos a escola para traz.
Sair da escola no horário do almoço não é muito difícil. Muitos alunos fazem isso e vão almoçar em casa ou em algum outro lugar e depois retornam para as aulas seguintes. Nós duas, bem, não voltaremos tão cedo.
O sorvete do qual Lilian falou é realmente delicioso, com uma casa de chocolate e granulado envolvendo o creme. A banca de jornais onde o compramos vende um monte de variedades e bugigangas. Decido voltar ali mais vezes (mas não durante as aulas )
Nós caminhamos, visitamos lojas, nos sentamos nos bancos da pracinha ali perto e conversamos por um bom tempo. Mas me sentia estranha. Não estranha como “Estou matando aula!”. Mas sim, estranha como “Estou sendo seguida!”.
De fato, ao olhar para traz, um pequeno buldogue nos encarava com seus olhinhos brilhantes e baba caía de sua boca. Ele andava enquanto andávamos e parava quando parávamos, sempre atrás de nós.
-- Deve estar querendo sorvete. – Lilian disse, assim que lhe falei sobre o cachorro. Mas eu não estava convencida. Seus pequenos olhos brilhavam além do normal para um dia nublado como hoje.
Mas continuamos andando.
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Re: The Horse and the owl
Cap. 3 – O Buldogue se Transforma em um Monstro Horrendo (narração de Lilian)
Depois de soado o sinal para o almoço, Julia e eu saímos da escola. Estava tudo indo muito bem, até Julia me falar do Buldogue que não parava de nos seguir. Naquele momento, não dei a mínima para o cachorro.
-- Deve estar querendo sorvete. – Disse eu.
Julia ficou mais quieta depois disso. Continuamos a andar até que ela fala novamente:
-- Li... Ele continua nos seguindo.
Olho para traz revirando os olhos e observo o cão com cuidado. Ele nos olha de uma forma muito estranha para um simples Buldogue. Como se fôssemos sanduíches ambulantes e prontas para a refeição. Não gostei nada disso. Me virei e apertei o passo, puxando Julia comigo numa tentativa de despistar o cachorro. Acho que já devem imaginar que não deu certo.
Quando Julia e eu chegamos a uma esquina pouco iluminada, ambas olhamos para trás esperando o cachorro. Mas ele não estava lá. O que estava lá nos deixou atônitas. No lugar o Buldogue, encontrava-se um enorme monstro parecido com um leão, mas com uma cabeça de cabra e outra de dragão anexadas ao corpo, além de asas de morcego e um rabo-serpente.
Não tivemos tempo para fazer qualquer comentário sobre a besta, pois ele logo avançou em nossa direção, fazendo com que corrêssemos para não sermos atacadas por suas grandes patas e garras. O pior? Beco sem saída! Ficamos coladas contra uma parede. Não tínhamos como escapar. O monstro pareceu notar isso e por isso avançou lentamente, numa tentativa bem-sucedida de nos fazer agonizar de medo. Era como se não estivesse com pressa para acabar com nossas vidas.
Olho para Julia, com um pingo de esperança e pergunto:
-- Julia... O... O q... O que faremos?
Julia olha para mim com seus olhos cinzentos e entristecidos, pronta para dizer que morreremos, até que estes se desviam de mim e param em algo mais além.
-- O hidrante! – Ela diz.
-- Como é? Vamos morrer e você se preocupa com um hidrante?
-- Não, Lilian – Ela responde abismada, respirando forte – A água! A pressão, a força da água! Preciso chegar até ele! Quem sabe ela não joga essa coisa longe!
Olho para o monstro, passando pela rua. As pessoas parecem nem o ver. Como...?
-- Ok, digo. Vamos fazer o seguinte: você liga aquela coisa enquanto eu levo o monstrengo na direção da água do Hidr... an... Ah, não importa!
Julia olha para mim com terror nos olhos.
-- E como é que você vai fazer isso? Estamos encurraladas aqui!
Bom, isso era verdade. Olho à minha volta rapidamente e encontro um pedaço de cano velho de ferro e o pego. Olho para o monstro, a uns 7 metros de distância, procurando por um lugar que eu possa passar sem morrer. Vejo um caminho. Loucura, mas passar por cima das asas de morcego dele poderia ser minha melhor chance...?
Percebendo para onde olho, Julia diz apavorada:
-- Você não vai por cima dele, não é? Isso é loucura!
-- Bom, foi você quem disse que tinha que levá-lo para perto do hidrante... Que jeito melhor de distrair alguém, do que subir em cima desse alguém?
Julia abriu a boca para protestar, mas eu já havia saído. Eu era muito habilidosa em trilhas e escaladas, portanto, subir em um carro e pular nas costas da besta não foi difícil para mim. Ela gritou alto.
Depois de soado o sinal para o almoço, Julia e eu saímos da escola. Estava tudo indo muito bem, até Julia me falar do Buldogue que não parava de nos seguir. Naquele momento, não dei a mínima para o cachorro.
-- Deve estar querendo sorvete. – Disse eu.
Julia ficou mais quieta depois disso. Continuamos a andar até que ela fala novamente:
-- Li... Ele continua nos seguindo.
Olho para traz revirando os olhos e observo o cão com cuidado. Ele nos olha de uma forma muito estranha para um simples Buldogue. Como se fôssemos sanduíches ambulantes e prontas para a refeição. Não gostei nada disso. Me virei e apertei o passo, puxando Julia comigo numa tentativa de despistar o cachorro. Acho que já devem imaginar que não deu certo.
Quando Julia e eu chegamos a uma esquina pouco iluminada, ambas olhamos para trás esperando o cachorro. Mas ele não estava lá. O que estava lá nos deixou atônitas. No lugar o Buldogue, encontrava-se um enorme monstro parecido com um leão, mas com uma cabeça de cabra e outra de dragão anexadas ao corpo, além de asas de morcego e um rabo-serpente.
Não tivemos tempo para fazer qualquer comentário sobre a besta, pois ele logo avançou em nossa direção, fazendo com que corrêssemos para não sermos atacadas por suas grandes patas e garras. O pior? Beco sem saída! Ficamos coladas contra uma parede. Não tínhamos como escapar. O monstro pareceu notar isso e por isso avançou lentamente, numa tentativa bem-sucedida de nos fazer agonizar de medo. Era como se não estivesse com pressa para acabar com nossas vidas.
Olho para Julia, com um pingo de esperança e pergunto:
-- Julia... O... O q... O que faremos?
Julia olha para mim com seus olhos cinzentos e entristecidos, pronta para dizer que morreremos, até que estes se desviam de mim e param em algo mais além.
-- O hidrante! – Ela diz.
-- Como é? Vamos morrer e você se preocupa com um hidrante?
-- Não, Lilian – Ela responde abismada, respirando forte – A água! A pressão, a força da água! Preciso chegar até ele! Quem sabe ela não joga essa coisa longe!
Olho para o monstro, passando pela rua. As pessoas parecem nem o ver. Como...?
-- Ok, digo. Vamos fazer o seguinte: você liga aquela coisa enquanto eu levo o monstrengo na direção da água do Hidr... an... Ah, não importa!
Julia olha para mim com terror nos olhos.
-- E como é que você vai fazer isso? Estamos encurraladas aqui!
Bom, isso era verdade. Olho à minha volta rapidamente e encontro um pedaço de cano velho de ferro e o pego. Olho para o monstro, a uns 7 metros de distância, procurando por um lugar que eu possa passar sem morrer. Vejo um caminho. Loucura, mas passar por cima das asas de morcego dele poderia ser minha melhor chance...?
Percebendo para onde olho, Julia diz apavorada:
-- Você não vai por cima dele, não é? Isso é loucura!
-- Bom, foi você quem disse que tinha que levá-lo para perto do hidrante... Que jeito melhor de distrair alguém, do que subir em cima desse alguém?
Julia abriu a boca para protestar, mas eu já havia saído. Eu era muito habilidosa em trilhas e escaladas, portanto, subir em um carro e pular nas costas da besta não foi difícil para mim. Ela gritou alto.
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Re: The Horse and the owl
Cap. 4 – As pessoas acham que estou louca! (narração de Julia)
Ver Lilian saltando para cima do monstro foi, ao mesmo tempo, uma das cenas mais legais e apavorantes que já presenciei. Claro, eu nunca teria metade da coragem que ela teve naquele momento. Mas se eu ficasse parada, talvez toda essa coragem se passasse em vão.
Dei um tapa em minha própria cabeça e forcei meu corpo a correr. O monstro nem prestou atenção em mim, já que tentava de maneira frustrada pegar Lilian sobre suas costas. Estava no meio do caminho quando percebi algo: as cabeças da besta não a alcançavam mas...
-- Lilian! A cobra! – gritei em desespero.
Lilian pareceu confusa, mas então sua expressão clareou e ela se virou para a traseira do animal. Sua cauda de serpente estava com as presas abertas, já pingando o veneno ácido. Lilian só teve tempo de atordoar a serpente com seu pedaço de cano e saltar para o chão, correndo imediatamente. A besta se virou e olhou para a garota. Começou a correr também
Precisava ajudá-la, mas não poderia fugir do plano. Cheguei ao hidrante e me deparei com um problema. Como iria acioná-lo?! Como pude ser tão estúpida a ponto de não pensar neste ponto? Não tenho essa força... Agora sim, estamos mortas.
-- Julia! – Gritou Lilian, se escondendo atrás de um carro, que a besta parecia estar prestes a devorar. Pessoas ali perto passavam e olhavam para ela, com um ar confuso. Passavam pelo monstro calmamente e seguiam seu caminho. Não entendi isso. Mas também não tinha tempo para isso. Procurei por alguma barra ou qualquer coisa que pudesse utilizar para bater no hidrante, até que ele abrisse sua boca lateral.
A única coisa que encontrei foi um pedaço de madeira que segurava um cartaz na loja atrás de mim. O peguei, jogando o cartaz no chão. E comecei a bater na boca lateral do hidrante. Nada acontecia.
-- Julia! – o grito estava mais forte, e Lilian corria em minha direção. Uma plateia começava a se formar nas beiradas do quarteirão.
Julia se juntou a mim e se virou, para observar o monstro saindo de cima do carro no qual se escondia segundos atrás. Ele estava vindo, a menos de uma rua de distância.
Os acontecimentos seguintes se passaram em tal velocidade que mal consigo descrevê-los. Lilian gritava desesperada, que iríamos morrer. Nunca senti tanto medo em minha vida! Lilian, xingou o hidrante por nosso plano furado e o chutou. Neste instante, ele explodiu. Água voou por todos os lados, mas especialmente na direção da besta. A pressão, a força da mesma retardaram a velocidade da corrida do monstro, o arrastando para trás, para o meio da rua. Pessoas gritavam. E foi neste momento em que um ônibus bateu de frente com a criatura, freando assim que o motorista viu a água.
Vimos os monstro sofrer com a pancada do veículo, caindo rolando no chão, atordoado pela água forte em sua cabeça. Ele começou a sangrar. Um sangue dourado, um pó, que se espalhava pela água e pela rua. Logo, não havia mais monstro. As pessoas ao redor olhavam horrorizadas e gritavam por ajuda à um cachorro atropelado... Cachorro?!
-- O que... O que eles estão vendo? Aquilo não era só um cachorro, era? – Lilian me perguntou, sua voz trêmula.
As pessoas procuravam por um cão, que diziam estar embaixo do ônibus. Eles não viram o animal desaparecendo em dourado? Muitos nos olhavam com um olhar acusador e cruel.
-- Aquilo... – comecei a falar.
-- Aquilo era uma quimera – Uma garota disse, chegando perto de nós. Seus cabelos ruivos caindo sobre os ombros pequenos – Vocês tiveram sorte de ser uma quimera pequena. Era fraca, e morreu rápido.
Olhamos atônitas para ela. Ela puxou o gorro de sua blusa, fechando o zíper.
-- É melhor não conversarmos aqui. E antes que tornem a perguntar, os humanos normais não enxergaram aquele monstro.
-- humanos ...? – Começou Lilian.
-- Aqui não! – repreendeu a garota. – Vamos sair daqui!
-- Não vamos com você. – disse eu. – Não te conhecemos... Por que confiaríamos em você?
Ela nos olhou. Seus olhos verdes, brilhando contra a luz do anoitecer.
-- Certo. – Ela finalmente diz – Meu nome é Rachel Elizabeth Dare. E agora que me conhecem, podem confiar em mim para sairmos daqui?
Olhei para Lilian e ela para mim. Olhares confusos e assustados. Deveríamos voltar para a escola o mais rápido possível, certo? Mas... Tinha a impressão de que esta garota nos traria explicações, mais perguntas e algumas respostas.
Ver Lilian saltando para cima do monstro foi, ao mesmo tempo, uma das cenas mais legais e apavorantes que já presenciei. Claro, eu nunca teria metade da coragem que ela teve naquele momento. Mas se eu ficasse parada, talvez toda essa coragem se passasse em vão.
Dei um tapa em minha própria cabeça e forcei meu corpo a correr. O monstro nem prestou atenção em mim, já que tentava de maneira frustrada pegar Lilian sobre suas costas. Estava no meio do caminho quando percebi algo: as cabeças da besta não a alcançavam mas...
-- Lilian! A cobra! – gritei em desespero.
Lilian pareceu confusa, mas então sua expressão clareou e ela se virou para a traseira do animal. Sua cauda de serpente estava com as presas abertas, já pingando o veneno ácido. Lilian só teve tempo de atordoar a serpente com seu pedaço de cano e saltar para o chão, correndo imediatamente. A besta se virou e olhou para a garota. Começou a correr também
Precisava ajudá-la, mas não poderia fugir do plano. Cheguei ao hidrante e me deparei com um problema. Como iria acioná-lo?! Como pude ser tão estúpida a ponto de não pensar neste ponto? Não tenho essa força... Agora sim, estamos mortas.
-- Julia! – Gritou Lilian, se escondendo atrás de um carro, que a besta parecia estar prestes a devorar. Pessoas ali perto passavam e olhavam para ela, com um ar confuso. Passavam pelo monstro calmamente e seguiam seu caminho. Não entendi isso. Mas também não tinha tempo para isso. Procurei por alguma barra ou qualquer coisa que pudesse utilizar para bater no hidrante, até que ele abrisse sua boca lateral.
A única coisa que encontrei foi um pedaço de madeira que segurava um cartaz na loja atrás de mim. O peguei, jogando o cartaz no chão. E comecei a bater na boca lateral do hidrante. Nada acontecia.
-- Julia! – o grito estava mais forte, e Lilian corria em minha direção. Uma plateia começava a se formar nas beiradas do quarteirão.
Julia se juntou a mim e se virou, para observar o monstro saindo de cima do carro no qual se escondia segundos atrás. Ele estava vindo, a menos de uma rua de distância.
Os acontecimentos seguintes se passaram em tal velocidade que mal consigo descrevê-los. Lilian gritava desesperada, que iríamos morrer. Nunca senti tanto medo em minha vida! Lilian, xingou o hidrante por nosso plano furado e o chutou. Neste instante, ele explodiu. Água voou por todos os lados, mas especialmente na direção da besta. A pressão, a força da mesma retardaram a velocidade da corrida do monstro, o arrastando para trás, para o meio da rua. Pessoas gritavam. E foi neste momento em que um ônibus bateu de frente com a criatura, freando assim que o motorista viu a água.
Vimos os monstro sofrer com a pancada do veículo, caindo rolando no chão, atordoado pela água forte em sua cabeça. Ele começou a sangrar. Um sangue dourado, um pó, que se espalhava pela água e pela rua. Logo, não havia mais monstro. As pessoas ao redor olhavam horrorizadas e gritavam por ajuda à um cachorro atropelado... Cachorro?!
-- O que... O que eles estão vendo? Aquilo não era só um cachorro, era? – Lilian me perguntou, sua voz trêmula.
As pessoas procuravam por um cão, que diziam estar embaixo do ônibus. Eles não viram o animal desaparecendo em dourado? Muitos nos olhavam com um olhar acusador e cruel.
-- Aquilo... – comecei a falar.
-- Aquilo era uma quimera – Uma garota disse, chegando perto de nós. Seus cabelos ruivos caindo sobre os ombros pequenos – Vocês tiveram sorte de ser uma quimera pequena. Era fraca, e morreu rápido.
Olhamos atônitas para ela. Ela puxou o gorro de sua blusa, fechando o zíper.
-- É melhor não conversarmos aqui. E antes que tornem a perguntar, os humanos normais não enxergaram aquele monstro.
-- humanos ...? – Começou Lilian.
-- Aqui não! – repreendeu a garota. – Vamos sair daqui!
-- Não vamos com você. – disse eu. – Não te conhecemos... Por que confiaríamos em você?
Ela nos olhou. Seus olhos verdes, brilhando contra a luz do anoitecer.
-- Certo. – Ela finalmente diz – Meu nome é Rachel Elizabeth Dare. E agora que me conhecem, podem confiar em mim para sairmos daqui?
Olhei para Lilian e ela para mim. Olhares confusos e assustados. Deveríamos voltar para a escola o mais rápido possível, certo? Mas... Tinha a impressão de que esta garota nos traria explicações, mais perguntas e algumas respostas.
Alessandra Seixas- Mensagens : 13
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Re: The Horse and the owl
Cap. 5 – Descoberta de um Mundo Anormal (narração de Lilian)
Depois de quase sermos mortas por aquele monstro mais de uma vez, as pessoas à nossa volta têm a coragem a dizer que “aquilo” era um simples cachorrinho. Um Cachorro! É sério! Ou todos ali à volta estavam cegos ou havia alguma substância alucinógena em nosso sorvete. E, para completar nossa loucura, uma garota que nunca vimos na frente chega e nos diz coisas malucas, como “aquilo era uma Quimera” e que os “Mundanos normais não o enxergam”... Dá para acreditar?
E depois, ainda pede para sairmos dali para conversarmos com mais calma, como se nos conhecêssemos há anos. Julia deve ter tido o mesmo pensamento que eu, já que disse “Não vamos com você. Não te conhecemos... Por que confiaríamos em você?” Só me lembro que, depois de ela se apresentar a nós como Rachel, Julia olhou para mim e eu devolvi o olhar a ela. Ambas sabíamos que deveríamos voltar para a escola o mais breve possível, já que já escurecia, mas algo dentro de mim (não sei o que ), me disse que poderíamos confiar nela. Talvez seu jeito de falar, suas roupas sujas de tinta aqui e ali... Não sei bem, mas quem sabe ela não nos explicaria o ocorrido? Decidimos ouvi-la primeiro.
-- Ok – digo – Vamos te acompanhar... Mas você terá que nos explicar tudo sobre o monstro e... sobre esses humanos não poderem enxergá-lo.
-- Quimera – Rachel respondeu – e sim, vou lhes explicar tudo o que sei.
Julia e eu seguimos Rachel até chegarmos à pracinha onde havíamos comprado o sorvete. Rachel se sentou no canto de um dos bancos ali e convidou Julia e eu para nos sentarmos no espaço restante. Julia se sentou, mas continuei em pé. Ainda não conseguia ficar parada depois de tanta adrenalina.
A garota ruiva nos observou, como se estivesse calculando algo super complicado, prestando atenção nos mínimos detalhes de nosso modo de agir na hora. Eu já estava prestes a perder minha paciência, quando Julia falou:
-- Então... Você disse que iria nos explicar o que aconteceu. Disse que aquela coisa era uma Quimera, mas... Isso não existe... existe? E sobre as pessoas “normais” que não podiam vê-la? O que quer dizer com isso? E como Lilian e eu podíamos ver a...
-- Oou, calma aí, garota! Perguntas demais rápido demais.
Fiquei cansada de enrolação.
-- Então comece a explicar! – disse eu.
Rachel respirou fundo e finalmente começou a falar:
-- O que vocês sabem de Mitologia Grega?
Trocamos olhares, confusas, mas respondemos
-- Pouca coisa – disse.
-- Só o que aprendemos na escola – Julia completou.
Rachel concordou com a cabeça e disse:
-- Tudo bem... Sabem os Deuses e os monstros da Mitologia Grega?
Concordamos, imaginando onde ela queria chegar. Ela continuou:
-- Isso pode ser um choque para vocês, mas... Enfim, eles são reais e...
-- O QUE? – Julia e eu gritamos em uníssono.
Rachel não pareceu se importar muito com nossa reação. Esperou pacientemente a gente terminar de gritar para falar. Como se isso fosse algo super normal.
-- Ei! Vão ficar aí gritando ou vão querer que eu termine de explicar?
Paramos de gritar e passamos a ouvir a verdade que mudaria nossas vidas.
-- A propósito – Rachel perguntou – Alguma vez já acamparam?
Depois de quase sermos mortas por aquele monstro mais de uma vez, as pessoas à nossa volta têm a coragem a dizer que “aquilo” era um simples cachorrinho. Um Cachorro! É sério! Ou todos ali à volta estavam cegos ou havia alguma substância alucinógena em nosso sorvete. E, para completar nossa loucura, uma garota que nunca vimos na frente chega e nos diz coisas malucas, como “aquilo era uma Quimera” e que os “Mundanos normais não o enxergam”... Dá para acreditar?
E depois, ainda pede para sairmos dali para conversarmos com mais calma, como se nos conhecêssemos há anos. Julia deve ter tido o mesmo pensamento que eu, já que disse “Não vamos com você. Não te conhecemos... Por que confiaríamos em você?” Só me lembro que, depois de ela se apresentar a nós como Rachel, Julia olhou para mim e eu devolvi o olhar a ela. Ambas sabíamos que deveríamos voltar para a escola o mais breve possível, já que já escurecia, mas algo dentro de mim (não sei o que ), me disse que poderíamos confiar nela. Talvez seu jeito de falar, suas roupas sujas de tinta aqui e ali... Não sei bem, mas quem sabe ela não nos explicaria o ocorrido? Decidimos ouvi-la primeiro.
-- Ok – digo – Vamos te acompanhar... Mas você terá que nos explicar tudo sobre o monstro e... sobre esses humanos não poderem enxergá-lo.
-- Quimera – Rachel respondeu – e sim, vou lhes explicar tudo o que sei.
Julia e eu seguimos Rachel até chegarmos à pracinha onde havíamos comprado o sorvete. Rachel se sentou no canto de um dos bancos ali e convidou Julia e eu para nos sentarmos no espaço restante. Julia se sentou, mas continuei em pé. Ainda não conseguia ficar parada depois de tanta adrenalina.
A garota ruiva nos observou, como se estivesse calculando algo super complicado, prestando atenção nos mínimos detalhes de nosso modo de agir na hora. Eu já estava prestes a perder minha paciência, quando Julia falou:
-- Então... Você disse que iria nos explicar o que aconteceu. Disse que aquela coisa era uma Quimera, mas... Isso não existe... existe? E sobre as pessoas “normais” que não podiam vê-la? O que quer dizer com isso? E como Lilian e eu podíamos ver a...
-- Oou, calma aí, garota! Perguntas demais rápido demais.
Fiquei cansada de enrolação.
-- Então comece a explicar! – disse eu.
Rachel respirou fundo e finalmente começou a falar:
-- O que vocês sabem de Mitologia Grega?
Trocamos olhares, confusas, mas respondemos
-- Pouca coisa – disse.
-- Só o que aprendemos na escola – Julia completou.
Rachel concordou com a cabeça e disse:
-- Tudo bem... Sabem os Deuses e os monstros da Mitologia Grega?
Concordamos, imaginando onde ela queria chegar. Ela continuou:
-- Isso pode ser um choque para vocês, mas... Enfim, eles são reais e...
-- O QUE? – Julia e eu gritamos em uníssono.
Rachel não pareceu se importar muito com nossa reação. Esperou pacientemente a gente terminar de gritar para falar. Como se isso fosse algo super normal.
-- Ei! Vão ficar aí gritando ou vão querer que eu termine de explicar?
Paramos de gritar e passamos a ouvir a verdade que mudaria nossas vidas.
-- A propósito – Rachel perguntou – Alguma vez já acamparam?
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Re: The Horse and the owl
Cap. 06 – Viagem de Férias (narração de Julia)
Conseguir absorver tudo o que foi dito, entendendo cada mísera parte da história foi um desafio. Já era noite quando finalmente saímos da pracinha, acompanhadas por Rachel e voltamos para a escola, onde encontramos com uma mãe desesperada. Esta era a mãe de Lilian, Laura Grings ., com quem eu sempre pegava carona, pois meu pai ainda estava no trabalho na hora da saída.
Ao chegarmos, ela primeiramente gritou conosco, depois começou a falar rápido demais sobre os perigos de andarmos por aí sozinhas e, finalmente, depois de inspirar profundamente, ela nos abraça. Prometemos nunca mais sumirmos assim. Nos despedimos da diretora da escola, com quem a senhora Laura conversava antes de chegarmos e nos dirigimos para o carro.
-- Ah, mãe... – começou Lilian.
-- O que? – ela perguntou.
-- Podemos dar carona para nossa amiga Rachel?
Laura olhou para Rachel, e sorriu docemente.
-- Mas é claro – ela disse – Vamos, entrem!
Nós três nos acomodamos no banco traseiro do carro. Na verdade, Rachel não precisaria de carona. Foi só um plano para ficarmos todas a sós com a senhora Laura e conversarmos em um local mais seguro. Rachel nos disse que, como prova de tudo o que ela nos disse, sobre o tal do acampamento, monstros e mitologia serem reais, poderíamos utilizar nossos pais conhecidos: a mãe de Lilian e meu pai.
-- Senhora Laura – começou Rachel – A senhora sabe que, com essa idade, os monstros já começam a perseguir semideuses com mais frequência, não sabe?
Olhamos para ela, atônitas. Ok, nós sabíamos que uma hora ou outra, iríamos tocar no assunto e esclarecer todas as dúvidas. Mas assim foi mais fácil... Ela foi direto ao ponto. Laura continuou dirigindo.
-- Ah, mãe, não liga, não! – Lilian tentou disfarçar.
-- É – completei – Isso é só uma brincadeira nossa...
-- Não – ela nos cortou. Paramos de falar, confusas. – É verdade...
Ficamos boquiabertas. Então... é tudo verdade mesmo? Ela estacionou o carro e se voltou para nós, suas pupilas pequenas, mesmo no escuro.
-- O que aconteceu hoje? – ela pronunciou as palavras pausadamente.
Lilian tentou falar, mas gaguejava e não conseguimos entender nada. Então falei por ela.
-- Rachel disse que foi uma Quimera... Foi... Horrível...
-- Mas, felizmente, o instinto semideus de ambas funcionou muito bem e elas acabaram por matá-la sozinhas.
-- E Julia bolou um plano também...
-- Ei! – interrompi -- Não chame aquilo de plano! Quase morremos por um descuido meu, por não ter pensado em como ativar a porcaria do hidrante! -- Fiquei com raiva de mim mesma e fechei os olhos, as lágrimas aparecendo – Eu fiquei nervosa. Não trabalho bem sob pressão... Eu... Me desculpem.
-- Julia, calma. – Lilian começou – Não foi culpa sua. E olhe aqui -- Olhei para ela, aqueles olhos verdes brilhando no escuro – Nós duas acabamos com aquela coisa juntas! Você e eu!
Ela sorriu. Não sei como conseguiu, mas sorriu em um momento de nervosismo como aquele. Sorri também.
-- É... Acho que sim. – Concordei.
-- Mas e agora, Rachel? -- Laura falou virando-se para ela – Elas precisam ir para o acampamento?
-- Você também sabe sobre isso? – Lilian perguntou, surpresa.
-- Disso e muito mais. – ela respondeu.
-- E creio eu que sim. – Rachel completou – Ficar sem treinamentos em casos como esse fazem falta, como podem ter percebido.
-- É verdade...
-- Legal! – disse Lilian, animando-se – Acho que ganhamos uma viagem de férias!
-- Pois é – concordei – ainda mais depois de um dia de aula anormal como esse.
Conseguir absorver tudo o que foi dito, entendendo cada mísera parte da história foi um desafio. Já era noite quando finalmente saímos da pracinha, acompanhadas por Rachel e voltamos para a escola, onde encontramos com uma mãe desesperada. Esta era a mãe de Lilian, Laura Grings ., com quem eu sempre pegava carona, pois meu pai ainda estava no trabalho na hora da saída.
Ao chegarmos, ela primeiramente gritou conosco, depois começou a falar rápido demais sobre os perigos de andarmos por aí sozinhas e, finalmente, depois de inspirar profundamente, ela nos abraça. Prometemos nunca mais sumirmos assim. Nos despedimos da diretora da escola, com quem a senhora Laura conversava antes de chegarmos e nos dirigimos para o carro.
-- Ah, mãe... – começou Lilian.
-- O que? – ela perguntou.
-- Podemos dar carona para nossa amiga Rachel?
Laura olhou para Rachel, e sorriu docemente.
-- Mas é claro – ela disse – Vamos, entrem!
Nós três nos acomodamos no banco traseiro do carro. Na verdade, Rachel não precisaria de carona. Foi só um plano para ficarmos todas a sós com a senhora Laura e conversarmos em um local mais seguro. Rachel nos disse que, como prova de tudo o que ela nos disse, sobre o tal do acampamento, monstros e mitologia serem reais, poderíamos utilizar nossos pais conhecidos: a mãe de Lilian e meu pai.
-- Senhora Laura – começou Rachel – A senhora sabe que, com essa idade, os monstros já começam a perseguir semideuses com mais frequência, não sabe?
Olhamos para ela, atônitas. Ok, nós sabíamos que uma hora ou outra, iríamos tocar no assunto e esclarecer todas as dúvidas. Mas assim foi mais fácil... Ela foi direto ao ponto. Laura continuou dirigindo.
-- Ah, mãe, não liga, não! – Lilian tentou disfarçar.
-- É – completei – Isso é só uma brincadeira nossa...
-- Não – ela nos cortou. Paramos de falar, confusas. – É verdade...
Ficamos boquiabertas. Então... é tudo verdade mesmo? Ela estacionou o carro e se voltou para nós, suas pupilas pequenas, mesmo no escuro.
-- O que aconteceu hoje? – ela pronunciou as palavras pausadamente.
Lilian tentou falar, mas gaguejava e não conseguimos entender nada. Então falei por ela.
-- Rachel disse que foi uma Quimera... Foi... Horrível...
-- Mas, felizmente, o instinto semideus de ambas funcionou muito bem e elas acabaram por matá-la sozinhas.
-- E Julia bolou um plano também...
-- Ei! – interrompi -- Não chame aquilo de plano! Quase morremos por um descuido meu, por não ter pensado em como ativar a porcaria do hidrante! -- Fiquei com raiva de mim mesma e fechei os olhos, as lágrimas aparecendo – Eu fiquei nervosa. Não trabalho bem sob pressão... Eu... Me desculpem.
-- Julia, calma. – Lilian começou – Não foi culpa sua. E olhe aqui -- Olhei para ela, aqueles olhos verdes brilhando no escuro – Nós duas acabamos com aquela coisa juntas! Você e eu!
Ela sorriu. Não sei como conseguiu, mas sorriu em um momento de nervosismo como aquele. Sorri também.
-- É... Acho que sim. – Concordei.
-- Mas e agora, Rachel? -- Laura falou virando-se para ela – Elas precisam ir para o acampamento?
-- Você também sabe sobre isso? – Lilian perguntou, surpresa.
-- Disso e muito mais. – ela respondeu.
-- E creio eu que sim. – Rachel completou – Ficar sem treinamentos em casos como esse fazem falta, como podem ter percebido.
-- É verdade...
-- Legal! – disse Lilian, animando-se – Acho que ganhamos uma viagem de férias!
-- Pois é – concordei – ainda mais depois de um dia de aula anormal como esse.
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Re: The Horse and the owl
Cap. 7 – Bem-Vindas ao Acampamento Meio-Sangue! (narração de Lilian)
Saber que todas as coisas esquisitas que aconteceram comigo e com Julia durante toda nossa vida têm uma explicação que não seja “Estamos Loucas!”, me deixou extremamente aliviada. Mesmo que essa explicação seja um grande choque para ambas.
Enquanto seguíamos pela Via principal de Nova Iorque, Rachel e minha mãe ficaram discutindo se deveríamos ir à casa de Julia para falar com o pai dela antes de nossa parida ou se deveríamos seguir direto até o tal acampamento.
Eu já estava perdendo a paciência com essa indecisão quando Julia finalmente interrompeu as duas, oferecendo-lhes uma solução:
-- Senhora Laura e Rachel, que tal nos levar direto para o acampamento e de lá, eu telefono para meu pai e explico a situação com mais calma? Além do mais, ele ainda deve estar no trabalho e só voltará bem tarde.
As duas se entreolharam. Depois de um instante, Laura respondeu:
-- É. Acho que é uma boa ideia. Se quiser, posso já adiantar a conversa com ele quando ele chegar do trabalho.
-- Tudo bem. – Julia diz.
-- Ótimo! – Rachel pronuncia – Então vamos direto ao Acampamento!
Depois disso, a viagem foi quieta e tranquila. Bom, foi só a viagem mesmo, pois eu estava uma pilha de nervos! Olhei para Julia ao meu lado e percebi que ela estava igual a mim.
Um tempo depois, chegamos a Montauk, no final de Long Island, onde Rachel diz localizar-se o Acampamento. Laura para o carro ao lado de uma placa de propaganda de um restaurante, o qual, segundo a placa, se localizava a 10Km dali. Saímos do carro, a estrada deserta. Olhamos à nossa volta, à procura de um acampamento.
-- Não há acampamento nenhum aqui! – Julia exclama.
Rachel, ao nosso lado, calmamente explicou:
-- Tem sim. É só subir esta colina – disse ela, apontando o morro – Aquele grande Pinheiro demarca o Limite do Acampamento.
Julia e eu olhamos para o Pinheiro, negro contra a luz da Lua, desconfiadas, porém, não dissemos nada. Virei para minha mãe, pensando na despedida breve e o que vi cortou meu coração. Ela olhava para mim, chorando. Não aguentei e saí correndo par abraçá-la. Lágrimas começaram a escorrer por meu rosto também. Ficamos um bom tempo abraçadas, sentindo o carinho uma da outra. Quando finalmente acalmamos nossos sentimentos, ela se afasta e diz:
-- Shhh... Vocês tem que ir, antes que fique muito tarde – o sorriso dela enquanto me olhava era lindo. Ela passou a mão em meus cabelos. Com um nó na garganta, falei:
-- Não quero te deixar.
-- Mas é preciso! Pelo menos por enquanto... – ela disse – E você não vai estar sozinha, minha filha. Você tem a Julia ao seu lado e... – ela suspirou antes de continuar – E tem seu pai também.
-- Mas como vou saber quem ele é? – questionei – Você nunca me falou quem ele é!
-- Não falei para sua própria segurança. E vai ser ele quem vai ter que te contar quem ele é.
-- Mas... – estava curiosa e nervosa demais naquela hora – Mas, não pode me dar nem uma pista?
Ela sorriu. Seus olhos fixos nos meus.
-- Tudo será explicado no Acampamento – ela continuou – Agora vá e lembre-se que eu sempre estarei aqui para você! É só me ligar.
Depois de dito isso, ela beijou minha testa e me mandou seguir com Julia e Rachel, que me esperavam perto da colina. Assim que me juntei a elas, Julia me abraçou.
-- Vamos? – Rachel perguntou.
Olhei para minha mãe. Ela sorria ao longe, enquanto subíamos a colina e acenamos uma última despedida. Depois ela entrou no carro e voltou para casa.
Conforme subíamos, o frio em minha barriga aumentava. Imaginei que Julia deveria sentir o mesmo. Chegamos ao topo e olhamos para baixo, para através do grande Pinheiro.
-- Sejam bem vindas ao Acampamento Meio-Sangue! – Rachel sorriu.
Saber que todas as coisas esquisitas que aconteceram comigo e com Julia durante toda nossa vida têm uma explicação que não seja “Estamos Loucas!”, me deixou extremamente aliviada. Mesmo que essa explicação seja um grande choque para ambas.
Enquanto seguíamos pela Via principal de Nova Iorque, Rachel e minha mãe ficaram discutindo se deveríamos ir à casa de Julia para falar com o pai dela antes de nossa parida ou se deveríamos seguir direto até o tal acampamento.
Eu já estava perdendo a paciência com essa indecisão quando Julia finalmente interrompeu as duas, oferecendo-lhes uma solução:
-- Senhora Laura e Rachel, que tal nos levar direto para o acampamento e de lá, eu telefono para meu pai e explico a situação com mais calma? Além do mais, ele ainda deve estar no trabalho e só voltará bem tarde.
As duas se entreolharam. Depois de um instante, Laura respondeu:
-- É. Acho que é uma boa ideia. Se quiser, posso já adiantar a conversa com ele quando ele chegar do trabalho.
-- Tudo bem. – Julia diz.
-- Ótimo! – Rachel pronuncia – Então vamos direto ao Acampamento!
Depois disso, a viagem foi quieta e tranquila. Bom, foi só a viagem mesmo, pois eu estava uma pilha de nervos! Olhei para Julia ao meu lado e percebi que ela estava igual a mim.
Um tempo depois, chegamos a Montauk, no final de Long Island, onde Rachel diz localizar-se o Acampamento. Laura para o carro ao lado de uma placa de propaganda de um restaurante, o qual, segundo a placa, se localizava a 10Km dali. Saímos do carro, a estrada deserta. Olhamos à nossa volta, à procura de um acampamento.
-- Não há acampamento nenhum aqui! – Julia exclama.
Rachel, ao nosso lado, calmamente explicou:
-- Tem sim. É só subir esta colina – disse ela, apontando o morro – Aquele grande Pinheiro demarca o Limite do Acampamento.
Julia e eu olhamos para o Pinheiro, negro contra a luz da Lua, desconfiadas, porém, não dissemos nada. Virei para minha mãe, pensando na despedida breve e o que vi cortou meu coração. Ela olhava para mim, chorando. Não aguentei e saí correndo par abraçá-la. Lágrimas começaram a escorrer por meu rosto também. Ficamos um bom tempo abraçadas, sentindo o carinho uma da outra. Quando finalmente acalmamos nossos sentimentos, ela se afasta e diz:
-- Shhh... Vocês tem que ir, antes que fique muito tarde – o sorriso dela enquanto me olhava era lindo. Ela passou a mão em meus cabelos. Com um nó na garganta, falei:
-- Não quero te deixar.
-- Mas é preciso! Pelo menos por enquanto... – ela disse – E você não vai estar sozinha, minha filha. Você tem a Julia ao seu lado e... – ela suspirou antes de continuar – E tem seu pai também.
-- Mas como vou saber quem ele é? – questionei – Você nunca me falou quem ele é!
-- Não falei para sua própria segurança. E vai ser ele quem vai ter que te contar quem ele é.
-- Mas... – estava curiosa e nervosa demais naquela hora – Mas, não pode me dar nem uma pista?
Ela sorriu. Seus olhos fixos nos meus.
-- Tudo será explicado no Acampamento – ela continuou – Agora vá e lembre-se que eu sempre estarei aqui para você! É só me ligar.
Depois de dito isso, ela beijou minha testa e me mandou seguir com Julia e Rachel, que me esperavam perto da colina. Assim que me juntei a elas, Julia me abraçou.
-- Vamos? – Rachel perguntou.
Olhei para minha mãe. Ela sorria ao longe, enquanto subíamos a colina e acenamos uma última despedida. Depois ela entrou no carro e voltou para casa.
Conforme subíamos, o frio em minha barriga aumentava. Imaginei que Julia deveria sentir o mesmo. Chegamos ao topo e olhamos para baixo, para através do grande Pinheiro.
-- Sejam bem vindas ao Acampamento Meio-Sangue! – Rachel sorriu.
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Re: The Horse and the owl
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